segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SAE estuda nova área para o aterro sanitário de Ourinhos

OURINHOS — "Atual aterro sanitário de Ourinhos, criado há 14 anos, foi apontado em lista de jornal como um dos 42 mais problemáticos do Estado".




A Superintendência de Água e Esgoto de Ourinhos — (SAE) — está em negociação com o Comar (Comando Regional Aéreo) para implantação de uma nova área para o aterro sanitário de Ourinhos. Atualmente o aterro está situado nas proximidades do aeroporto de Ourinhos e não tem licença da Cetesb.

A SAE já foi multada na gestão do ex-prefeito Claudemir Alves da Silva (PTB ) em mais de R$ 100 mil pela Cetesb, por irregularidades no atual aterro. “A minha administração pagou essa multa e agora estamos procurando outra área”, afirmou o superintendente Haroldo Maranho.

O aterro sanitário de Ourinhos foi apontado em recente matéria do jornal “O Estado de S. Paulo” como um dos 42 problemáticos em cidades com mais de 100 mil habitantes. A reportagem ressaltou que, apesar das irregularidades, o aterro de Ourinhos é bem operado. “Nós não deixamos o aterro virar aquela montanha de lixo, como ocorre em outras cidades”, esclareceu Haroldo.

O atual aterro sanitário existe há 14 anos. Ourinhos já teve outros três, um na Vila São Luiz, outro nas proximidades da Fapi (Feira Agropecuária e Industrial) e um terceiro na antiga Bunge Alimentos. “Estamos procurando uma nova área. Já temos uma em vista, mas vai depender do Comar. Afinal, não poderá ser muito próxima do aeroporto por causas da atração de aves. Primeiro serão realizados os estudos ambientais”, explicou. No caso, as aves podem oferecer riscos para aviação. Um avião, por exemplo, pode sofrer uma pane se alguma ave atingir uma turbina. Acidentes envolvendo aves e aviões são frequentes no espaço áereo.

Ourinhos produz em média de 70 a 75 toneladas de lixo diariamente. Antigamente eram 60 toneladas. Hoje a SAE coleta em cada residência uma média de 700 gramas de lixo por dia.

O plano é construir um novo aterro sanitário com o uso de lonas. O objetivo é não contaminar o lençol freático com a decomposição do lixo orgânico. “Os catadores também terão que sair do lixão. No novo aterro, isso não será possível”, esclareceu.

A presença dos catadores de recicláveis é uma das irregularidades apontadas pela Cetesb. “É desumano. Teremos outro local e uma usina de reciclagem para que os catadores não fiquem no aterro”, explicou. Haroldo também afirmou que o atual aterro recebe muito entulho inapropriado, como concreto de obras. “No aterro que pretendemos construir, teremos um local para reaproveitamento desse concreto em obras da prefeitura”, explicou.

Após a escolha da área e dos acertos finais com o Comar, a prefeitura deve desapropriar uma área. “O processo é muito burocrático e poderá demorar muitos anos. Para a população, o novo aterro vai representar a preservação do Meio Ambiente e dos nossos mananciais”, destacou o superintendente da SAE.

domingo, 12 de setembro de 2010

Visita ao aterro sanitário de Ourinhos

Alunos do 2º ano do ensino médio da Etec Jacinto Ferreira de Sá da cidade de Ourinhos-SP fizeram uma visita ao aterro da cidade para uma pesquisa de campo. Os professores que os acompanharam foram: Marcos, prof. de Geografia e Marcelo, prof. de Biologia da unidade escolar. Lá os alunos puderam acompanhar mais de perto o funcionamento de um aterro e conversar com alguns funcionários sobre o local e também sobre as dificuldades de se fazer a coleta seletiva no município.
Confira algumas fotos:












sábado, 11 de setembro de 2010

RECICLA OURINHOS- história e funcionamento

Até o ano de 2004, em Ourinhos não havia nenhuma atividade relacionada a coleta de lixo seletiva, a não ser os catadores de lixo que se encontravam instalados no aterro sanitário.Estes catadores de lixo se fixaram há anos no aterro sanitário e ali permaneceram até o ano de 2004 de forma que trabalhavam neste local de
maneira totalmente individual e em condições consideradas até sub humanas. Ressalta-se que inclusive crianças trabalhavam neste local, em busca de material que poderia ser comercializado e desta maneira, se transformava em uma fonte de renda familiar.
No final de 2004, a Secretaria de assistência Social em conjunto com a Superintendência de Água e Esgoto – SAE, tomou a iniciativa de tentar dar uma melhor condição de trabalho a estes catadores de lixo do aterro municipal. Para isto, negociaram com estes catadores de lixo a formação de uma Associação de catadores de materiais recicláveis e conjuntamente a isto, retirou todas as crianças que trabalhavam no aterro sanitário.Com estas iniciativas nasceu o movimento denominado RECICLA OURINHOS.
Este movimento consistiu na formação de uma associação de catadores de material reciclável formada de maneira organizada para trabalhar no aterro sanitário e visava o início da coleta seletiva do lixo no município de Ourinhos.
Em 2005, com esta associação em funcionamento (mas de forma ainda bastante precária) já realizava a
coleta de material reciclável em 10% das residências do município de Ourinhos. Foi então, que a SAE e a Prefeitura Municipal de Ourinhos através de sua Secretaria de Assistência Social, em parceria com a Unesp, Sebrae e outras entidades, adotou medidas que visaram dar uma melhoria na coleta de lixo seletiva existente no município e ao mesmo tempo procurou estender a mesma, de maneira que esta Associação pudesse
realiza-la com a estrutura existente e que não viesse trazer uma frustração à população atendida por este tipo de coleta de lixo.
No entanto, antes de estender o número de residências atendidas pela coleta seletiva, a SAE e seus parceiros procuraram dar melhor condições de trabalho a estas pessoas e para isto realizou as seguintes ações:
Treinamentos sobre associativismo;
Cadastramento dos trabalhadores envolvidos na atividade;
Avaliação do perfil sócio econômico cultural das pessoas envolvidas na atividade;
Fornecimento de equipamento de segurança aos trabalhadores (luvas e botinas);
Concessão de um local para armazenagem e prensagem do material reciclável coletado (antiga Usina de Lixo);
Fornecimento de material educativo e de propaganda para a extensão do atendimento da coleta seletiva no município .
Aliado a estas atividades, no ano de 2007, a SAE ainda forneceu a esta Associação um caminhão que possibilitou que a mesma iniciasse a expansão na área do município a ser atendida pela coleta seletiva.
Com isto, a coleta seletiva passou a ser realizada em mais de 30% das residências do município de Ourinhos. Embora pareça ser um número pequeno, este tipo de coleta deve ser expandido de forma muito bem estudada e de acordo com as reais condições de coleta da Associação, pois caso seja feita de forma desordenada poderá causar uma grande frustração na população atendida e com isto, colocar em risco, a coleta que já vem sendo realizada de forma adequada


Alguns catadores integrantes do Recicla Ourinhos
Logotipo do Recicla Ourinhos






Conteúdo disponível em: http://www.sae-ourinhos.com.br/v2/limpeza.php



Coleta de lixo em Ourinhos e seu funcionamento

Atualmente é coletada na cidade de Ourinhos uma média diária de 65 toneladas de lixo domiciliar. Para a coleta total deste lixo, a cidade se encontra dividida em 13 grandes setores de coleta; sendo que em 10 setores (formado pelos bairros da cidade) esta coleta é realizada em dias alternados e no período da manhã e em 03 setores (área central e comercial) esta coleta é realizada diariamente no período vespertino/noturno.
Esta coleta de lixo domiciliar urbano é realizada utilizando-se 05 caminhões tipo prensa compactadora no período da manhã e 03 caminhões tipo prensa compactadora no período vespertino/noturno. Em cada caminhão de coleta de lixo domiciliar urbano existe uma equipe de funcionários da composta por 01 motorista e 4 a 5 coletores de lixo.
Além desta coleta de lixo domiciliar que é feita diariamente no município, a SAE ainda realiza a coleta de lixo periodicamente em alguns bairros da zona rural e aos domingos realiza a coleta de lixo em feiras livres, supermercados e açougues.
 
 

Caminhão utilizado para a coleta de lixo na cidade

Aterro sanitário em Ourinhos-SP

O aterro sanitário é uma área localizada na estrada da Guaraiúva, onde todo o lixo e resíduos, produzidos e coletados no município de Ourinhos, são depositados.
Neste local chega diariamente todo o lixo domiciliar urbano, o lixo hospitalar, os resíduos
da construção civil coletados pelas caçambas, pneus inservíveis, galhos provenientes da poda de árvores e outros resíduos diversos trazidos por munícipes.
Cada um destes resíduos tem uma destinação final no aterro sanitário e, portanto sofre um trabalho diferente para a sua disposição final.
O lixo domiciliar ao chegar no aterro sanitário é descarregado e após sofrer a separação do material reciclável por parte dos membros da Associação de Catadores, o mesmo é esparramado, compactado e coberto com terra.
O lixo hospitalar ao chegar ao aterro sanitário é descarregado em valas específicas para este fim, depois é compactado e sofre uma cobertura com cal virgem. A seguir, o mesmo é coberto com terra.
Os resíduos da construção civil ao chegar ao aterro sanitário são descarregados em locais
específicos e sofrem processo de esparramação e compactação; sendo que o mesmo é utilizado em sua grande parte, para a impermeabilização e compactação das vias de acesso dentro do aterro sanitário.
Já os pneus inservíveis ao chegarem ao aterro sanitário são armazenados e posteriormente são enviados para locais onde os mesmos serão utilizados como fonte de energia ou reutilizados na fabricação de massa asfáltica.


Vista do aterro sanitário em Ourinhos-SP

Pneus que posteriormente serão reutilizados


Aterro


Queima do gás metano






Alguns tipos de depósitos de lixo


Lixão





Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. No lixão o lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.



Aterro Controlado




O Aterro Controlado é um tipo de lixão reformado, tornando o local de destinação de resíduos um empreendimento adequado à legislação, porém, inadequado do ponto de vista ambiental, já que contamina o solo natural.  
Este tipo de aterro não pratica medidas para combate à poluição, uma vez que não recebe camada impermeabilizante ideal antes da deposição de lixo, causando poluição do solo e do lençol freático. O aterro controlado também não trata integralmente o chorume e os gases que emanam da decomposição do lixo. Por não possuir cobertura vegetal, as atividades do aterro controlado ficam expostas ao ambiente.
O objetivo do aterro controlado não é prevenir a poluição e sim, minimizar os impactos ao meio ambiente. É uma forma de destinação de lixo inferior ao aterro sanitário e corre risco de interdição pela Cetesb após alguma ocorrência grave.


Aterro Sanitário




O Aterro Sanitário abriga resíduos sólidos, em geral resíduos domésticos, atendendo a normas legais e critérios ambientais para combate à poluição do solo e camadas inferiores. Este tipo de aterro utiliza técnicas de engenharia e tecnologia seguras para evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública e passa por monitoramento constante para evitar vazamentos no solo.
Antes da instalação do aterro sanitário é realizada a impermeabilização total do local que receberá os resíduos e são instaladas redes para coleta e tratamento do chorume, material que reúne todas as impurezas líqüidas e tóxicas do lixo. Os gases que emanam do aterro são captados e tratados, e a quantidade e qualidade do lixo depositado é controlada.
Devido ao monitoramento constante, o aterro sanitário não contamina o solo, o lençol freático, as águas superficiais e a atmosfera. Controla ainda a proliferação de vetores de doenças e não apresenta risco de desabamentos.







Desenvolvimento Sustentável



Desenvolvimento sustentável é a forma de desenvolvimento que não agride o meio ambiente de maneira que não prejudica o desenvolvimento vindouro, ou seja, é uma forma de desenvolver sem criar problemas que possam atrapalhar e/ou impedir o desenvolvimento no futuro.
O desenvolvimento atual, apesar de trazer melhorias à população, trouxe inúmeros desequilíbrios ambientais como o aquecimento global, o efeito estufa, o degelo das calotas polares, poluição, extinção de espécies da fauna e flora entre tantos outros. A partir de tais problemas pensou-se em maneiras de produzir o desenvolvimento sem que o ambiente seja degradado. Dessa forma, o desenvolvimento sustentável atua por meio de alguns aspectos:
Atender as necessidades fisiológicas da população;
Preservar o meio ambiente para as próximas gerações;
Conscientizar a população para que se trabalhe em conjunto;
Preservar os recursos naturais;
Criar um sistema social eficiente que não permite o mau envolvimento dos recursos naturais;
Criar programas de conhecimento e conscientização da real situação e de formas para melhorar o meio ambiente.
O desenvolvimento sustentável não deve ser visto como uma revolução, ou seja, uma medida brusca que exige rápida adaptação e sim uma medida evolutiva que progride de forma mais lenta a fim de integrar o progresso ao meio ambiente para que se consiga em parceria desenvolver sem degradar.
Existem três colunas imprescindíveis para a aplicação do desenvolvimento sustentável: desenvolvimento econômico, desenvolvimento social e proteção ambiental. Esses devem ser dependentes um do outro para que caminhem lado a lado de forma homogênea.